Protesto em nu sustenido
Satisfação em revê-los!
À minha direita, uma Avenida Paulista cansada
com cobertura de pederastia nominal
e nádegas sorridentes expostas a olho nu.
Verbos e gritos sádicos protestam:
- Não me deixem sozinho!
Fardas e castigos comerciais revidam,
Impedindo a rápida progressão.
Do protesto?
Augusto de Andrade
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Carta III
Tudo anda muito agradável.
Estou pirado e mesmo assim continuo vivo,
um pouco abalado...
Gesticulando falsos movimentos
em posições retardadas
capazes de sacudir o tempo,
não sem virtudes, mas cheio de varizes.
O momento é prosaico
medido em preces falhas
para quem não sabe rezar.
Mesmo assim eu beijo,
talvez um colapso, talvez mais lento...
- Espere um pouco!
Não grite enquanto estou surdo,
ainda não posso atender.
Há quatro grandes blocos ao meu redor
e nenhum deles consegue pensar.
Será que não sabem?
Não vou tentar novamente,
os gestos estão se esgotando.
- Martírios pesados,
vão todos a merda!
(Cátia Rodrigues)
Tudo anda muito agradável.
Estou pirado e mesmo assim continuo vivo,
um pouco abalado...
Gesticulando falsos movimentos
em posições retardadas
capazes de sacudir o tempo,
não sem virtudes, mas cheio de varizes.
O momento é prosaico
medido em preces falhas
para quem não sabe rezar.
Mesmo assim eu beijo,
talvez um colapso, talvez mais lento...
- Espere um pouco!
Não grite enquanto estou surdo,
ainda não posso atender.
Há quatro grandes blocos ao meu redor
e nenhum deles consegue pensar.
Será que não sabem?
Não vou tentar novamente,
os gestos estão se esgotando.
- Martírios pesados,
vão todos a merda!
(Cátia Rodrigues)
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